quarta-feira, 13 de julho de 2011

Parada Gay

Ontem, 12/07, no Programa do Jô teve uma discussão muito interessante sobre a Parada Gay. Na verdade, sobre o objetivo da Parada.
O diplomata Alexandre Vidal Porto escreveu um artigo para o jornal da Folha de São Paulo intitulado de "Não é preciso ser diferente para ser gay", e foi convidado para ir ao Programa do Jô para discuir sobre esse assunto.  A discussão foi bem legal e renderia horas e horas, mas sabe como é programa televisivo, né?

Ele comentou sobre a importância de se fazer a Parada Gay como objetivo de mostrar que a opção sexual não diferencia as pessoas, mas não é bem isso o que tem acontecido.
No artigo ele comentou que um dos objetivos da "Parada Gay de São Paulo surgiu justamente para dar visibilidade à parcela da comunidade LGBT que queria afirmar sua existência e entabular um diálogo com a sociedade". E ainda: "Os manifestantes queriam mostrar quem eram e o que faziam. Reclamavam participação no processo jurídico-social e pediam proteção contra o preconceito e a discriminação. Eram 2.000 pessoas, e o ano era 1997".

Ele comentou no programa que a  Parada tem sido 'carnavalizada'. E é importante mostrar às pessoas que o bombeiro, o médico, o frentista, enfim, que pessoas de qualquer profissão pode ter outra opção sexual e isso não o difere de nada de nós. Mas que estas próprias pessoas tem passado para a sociedade que a discrimina, que eles são aquelas pessoas vestidas exuberantemente, com perucas coloridas e saltos de 18 cm, passando uma imagem de que são "divertidos" e esquecem de pedir o devido respeito àquelas mesmas pessoas que vão a Parada para assisti-los.
"A utilização desse estereótipo, contudo, contribui para mascarar a irresponsabilidade cívica e a alienação política de parte da comunidade LGBT", escreve Alexandre no artigo.

Ainda: "Não se trata de exibir a orientação sexual, mas de garantir o direito pleno à liberdade de exercê-la. Associar o conceito da homossexualidade à transgressão e ao excesso pode ter valor estético, mas tem efeito negativo sobre o ritmo do processo político. O papel da Parada é mostrar que os homossexuais são serem humanos comuns, que têm direito a proteção e respeito, como qualquer outro cidadão".

Afinal, é isso o que eles têm buscado durante anos, não é? Somos todos iguais e porque na Parada tem que ser diferente?

E se referindo ao assunto postado a pouco sobre o carnaval, o artigo do diplomata nos faz refletir: será que tudo que fazemos tem que ser em ritmo de festa? Não conseguimos levar nada a sério? Vamos deixar as fantasias para a verdadeira festa: o carnaval.

Não há mais a parada com o real objetivo "PARAR" a sociedade e fazer refletir sobre " o aspecto político da Parada [...], ao menos em respeito às vítimas cotidianas da homofobia, no Brasil e no mundo".

Mas, será que as pessoas sabem a finalidade de uma parada, uma passeata, uma greve????

Vale a pena assistir a entrevista no Program do Jô:


Vamos refletir!

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